De acordo com a Febraban, os meios digitais são os principais responsáveis pelo desuso dos cheques em transações financeiras.
Por Deborah Hana Cardoso
Os brasileiros ano após ano estão parando de usar cheques para realizar pagamentos. Em 2022, foram compensados 202,8 milhões de documentos, uma queda de 7,3% em relação ao ano anterior, já na comparação com 1995, início da série histórica, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques, a queda é de 94%.
Os dados são da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com base no Serviço de Compensação de Cheques (Compe) divulgados nesta terça-feira (24/1).
De acordo com a Febraban, o principal fator para os cheques caírem em desuso é o avanço dos meios de pagamento digitais, como internet e mobile baking, e a criação do Pix em 2020. “Atualmente, sete em cada dez transações bancárias no país são feitas pelos canais digitais, um reflexo da comodidade, velocidade e segurança oferecidas por estes meios de pagamentos”, disse Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban
Apesar da redução do número de cheques compensados no último ano, o total do volume financeiro dos documentos permaneceu estável passando de R$ 667 bilhões em 2021 para R$ 666,8 bilhões no ano passado.
Altos valores
A Febraban explicou que apesar da mudança para o digital no comportamento dos correntistas, a população ainda usa os cheques como uma forma de pagamento para valores robustos. O levantamento mostrou que de 2021 para 2022, passou de R$ 3.046,52 para R$ 3.257,88, respectivamente.
“Os números mostram que a população está usando o cheque para transações de maior valor, enquanto o Pix é utilizado como meio de pagamento para transações de menor valor, como por exemplo, em compras com profissionais autônomos, e também para acertar pequenos débitos familiares ou entre amigos”, avalia Walter Faria.
Fonte: Metrópole