Reunião virtual da Comissão Bipartite Contec/Fenaban sobre Segurança Bancária, realizada terça-feira (15)
FENABAN/CONTEC se reuniu por videoconferência. Estiveram presentes dezenas de representantes de federações, sindicatos e da CONTEC.
A comissão Contec fez algumas apresentações de situações ocorridas como o último grande assalto que mobilizou o centro de Criciúma (SC) e, insistiu na necessidade de reforço no treinamento, qualificação e requalificação dos profissionais relacionados à prevenção e à segurança.
A CONTEC cobrou uma aproximação maior dos bancos com os governos estaduais e municipais a fim de construírem juntos ações preventivas mais eficientes uma vez que os criminosos estão cada dia mais ousados e sempre inovando nas técnicas de atuação.
A Comissão FENABAN solicitou auxílio no sentido de as entidades ajudarem a identificar as legislações – sejam aprovadas em lei ou projetos em tramitação – que possam ajudar na prevenção, reforçando a segurança bancária.
Orientamos que os levantamentos e pesquisas sobre a legislação (sejam federais, estaduais ou municipais) sejam encaminhadas à CONTEC por meio do email comunicacao@contec.org.br. Nova reunião será agendada posteriormente para seguir debatendo o tema.
Sobre essa reunião, o presidente da Federação dos Bancários do Estado do Paraná (Feeb-PR) e diretor da Contec, afirma que uma das preocupações é relativa à transformação de agências em escritórios de negócios, com a retirada de portas giratórias, a terceirização dos caixas eletrônicos e o desligamento dos vigilantes. Isso tudo vai comprometer a segurança dos bancários, clientes e usuários dessas unidades.
Ainda sobre o tema da reunião de terça-feira, vale lembrar que os bancos são um dos alvos mais visados pelos assaltantes, o que é bastante compreensível, considerando a quantidade de dinheiro guardada e movimentada dentro dos bancos.
Por esse motivo, é fundamental que todo banco conte com segurança adequada, representada por sistemas avançados tecnologicamente e profissionais bem treinados.
A Lei nº 7.102/83 determina que toda instituição bancária deve contar com sistema de segurança eficiente, com vigilantes bem preparados. Não é facultativo ― qualquer banco ou instituição financeira, obrigatoriamente, deve manter vigilância constante enquanto estiver funcionando.
Essas instituições exigem dos profissionais de vigilância atuação preventiva para evitar situações mais difíceis, garantindo a proteção do patrimônio e das pessoas. Contudo, eles devem também saber gerir ocasiões de assaltos reais, garantindo a proteção do patrimônio e dos usuários (por exemplo, evitar que as pessoas sejam feridas durante possível troca de tiros).
Quanto mais movimentada for a instituição, mais aprimorada deverá ser a gestão de segurança, com recursos tecnológicos mais eficientes, profissionais bem treinados e em bom número.
PORTAS GIRATÓRIAS
A porta giratória é um dos mais populares e eficientes recursos quando se fala em segurança em bancos. Ela precisa ser mais bem usada pelos vigilantes e funcionários da instituição para otimizar a proteção.
Para melhorar essa segurança, não se deve permitir que duas ou mais pessoas passem pela porta giratória simultaneamente. Sempre que ela travar e o usuário se encontrar na caixa de passagem, o vigilante deverá solicitar a ele que volte e entre novamente, passando pelo detector de metal. Nunca o profissional deve dar a impressão de que está desconfiado da pessoa, mas cumprindo um dever. Por isso, o controle de liberação da porta deve ser mantido distante da visão dos usuários.
OUTRAS REGRAS
É importante contar com um planejamento de segurança. No plano físico, as instalações devem ser avaliadas para ver se existem pontos frágeis a serem corrigidos, como riscos de invasões ou desvios. A tecnologia deve ser integrada e submeter-se a monitoramento rigoroso (circuito fechado de TV com gravação, biometria, controle de acesso de pessoas, veículos e materiais, sensores de presença, catracas). Uma sala de vigilância blindada também é recomendada.
Em relação ao plano operacional, é preciso controlar horários, dispor corretamente os outros equipamentos de segurança, definir a forma de comunicação (senhas, códigos). Também convém ter um plano de contingência para situações que fogem ao que foi planejado.
Fonte: Feeb/PR e Diretoria Executiva da CONTEC