O Palácio do Planalto deve barrar o nome de Amauri Aguiar de Vasconcelos, ex-diretor superintendente do Economus, fundo de pensão do antigo Nossa Caixa, para presidir a holding de seguros do banco público, BB Seguridade. Teria pesado na decisão a relação de Vasconcelos com a família do senador cearense Cid Gomes (PDT-CE), adversário do presidente Jair Bolsonaro.
O Executivo tem sido bastante ativo nas indicações e vetos a cargos de comando em estatais. Apesar de a indicação para a chefia da área de seguros ser do presidente do BB, o nome só é oficializado após a bênção da Casa Civil. O veto, contudo, não deve impedir a troca no comando. Com o provável veto a Vasconcelos, o nome do diretor da BB Seguridade, Pedro Bramont, voltou a circular nos bastidores. Outro possível candidato é o diretor de marketing e comunicação da Brasilprev, Ullisses Assis.
Atual presidente da BB Seguridade deve assumir a Elo
Certo mesmo é que o atual presidente da BB Seguridade, Marcio Hamilton, já está com o pé fora e com destino certo. Ele irá para a bandeira de cartões Elo, sociedade do BB com Bradesco e Caixa Econômica Federal. A mudança deve ocorrer ainda neste mês.
Fausto Ribeiro assumiu o comando do BB em abril e já trocou a maior parte da alta cúpula do conglomerado. Mais recentemente, tem mexido nas coligadas. Sua promessa era de uma gestão técnica – inclusive na escolha do quadro de executivos.
A mudança mais recente foi na presidência do fundo de pensão dos funcionários do BB, o Previ, o segundo posto mais importante no banco público. O ex-presidente da Economus, Daniel André Stieler, tomou posse na segunda-feira da fundação que gere cerca de R$ 250 bilhões em ativos e tem participações em empresas como Petrobras, Vale, Embraer e Gerdau. Procurado, o BB não comentou. O Palácio do Planalto também não se manifestou.
Fonte: Estadão