O lucro líquido dos cinco maiores bancos no Brasil somou R$ 106,7 bilhões, com alta média de 2,5% sobre o ano anterior, mostra o estudo “Desempenho dos bancos 2022”, elaborado pelo Dieese. O documento, conduzido pela economista Vivian Machado, da subseção do Dieese, aponta que o montante acumulado pelos bancos se deu em cenário de manutenção da taxa básica de juros, a Selic, definida pelo Banco Central, em 13,75%.
As despesas de pessoal – que compreendem os gastos com folha de pagamento (incluindo encargos sociais), treinamentos, despesas com processos trabalhistas e o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander, juntos, apresentaram alta média de 10%, em relação a 2021, totalizando R$ 113,2 bilhões.
O lucro dos cinco bancos, apesar de ter crescido menos que as despesas de pessoal, praticamente iguala tudo pago em salários a 403.043 empregados (ao final de 2022). Essas despesas são cobertas somente com a Receita de Prestação de Serviços e Tarifas. Apenas na Caixa as tarifas e serviços não cobre 100% da folha (91,1%). No Santander, as receitas atingem 191,4% das despesas com os funcionários.
O total de trabalhadores nos cinco bancos teve crescimento médio de 1,3% sobre o ano anterior, com a abertura de 5.280 postos de trabalho. No entanto, esse saldo diz respeito a todos os trabalhadores das holdings, incluindo bancários e não bancários. Em 2022, segundo o Dieese, 617 agências bancárias foram fechadas.
Fonte: Monitor Mercantil