O Sindicato dos Bancários de São Paulo recebeu denúncias apontando que bancários do Itaú estão enfrentando dificuldade para encontrar vagas dentro do banco.
O problema ocorre em dois casos até agora apurados pelo Sindicato. O primeiro envolve empregados de nível gerencial que, ao retornarem de licença médica, ficam à disposição da região.
Esses trabalhadores estão sendo orientados a procurarem vagas para desempenhar sua função em outras agências das outras regiões, e até outras superintendências, uma vez que o seu cargo já foi ocupado.
Sobreposição de funções
A segunda situação refere-se a sobreposição de funções, como líderes de Tesouraria nas agências Personnalité. Como o Itaú encerrou várias agências físicas, agora há unidades com dois líderes.
O funcionário também tem o mesmo prazo de 30 dias para se recolocar. Não conseguindo se realocar no segmento Personnalité, ele pode se inscrever para o segmento varejo. Porém, segundo as denúncias, vagas estão sendo reservadas e não disponibilizadas no Portal.
O Sindicato já questionou a área de relações sindicais sobre a possível extinção do cargo, após receber várias denúncias neste sentido. A área respondeu que não há decisão de extinção. Mas o fato é que não há vaga para todos no segmento Personnalité.
Segundo apuração do Sindicato, a situação tem ocorrido em agências localizadas nas regiões norte e oeste da cidade de São Paulo.
“O trabalhador não pode ser penalizado por seu adoecimento e nem tampouco pelas mudanças estruturais promovidas pela alta gestão do banco”, afirma Adriana Magalhães, dirigentes sindical e bancária do Itaú.
Outro aspecto é a falta de transparência e ética nas relações, já que vagas não são disponibilizadas a todos através do Portal. E, segundo relatos, alguns gestores regionais estariam reservando vagas.
“Entendemos que o processo deve ser transparente e que a recolocação do funcionário é da responsabilidade da gestão. Não sabemos se é uma prática isolada ou vem acontecendo em toda a rede de varejo e segmentos como Personnalité. Por isso, orientamos os bancários e bancárias a denunciarem [veja canais abaixo] a fim de obtermos mais informações e cobrar do banco uma solução. Lembrando que o sigilo dos denunciantes é absoluto”, afirma Adriana.
Em tempo
O prazo para se realocarem é de apenas 30 dias, o que tem causado muita apreensão e fragilizado mais ainda o estado de saúde desses trabalhadores.
Fonte: SP Bancários