A primeira mesa da Campanha dos Bancários 2020 será nesta terça-feira 4 e discutirá o home office. Os trabalhadores reivindicam uma cláusula nova na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários para regulamentar esse regime, estabelecendo condições adequadas e direitos para os trabalhadores que estão trabalhando de casa.
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“Graças à nossa mobilização conseguimos, logo no início da pandemia de coronavírus, que mais da metade dos bancários em todo o país passassem a trabalhar de casa, para segurança deles e de suas famílias. Agora muitas empresas, entre elas os bancos, falam em adotar o home office definitivamente para parte de seus funcionários. Por isso, reivindicamos uma cláusula específica na nossa CCT que regulamente o teletrabalho, garantindo condições dignas e direitos para que os trabalhadores possam exercer o trabalho de casa. Não podemos deixar que os bancos adotem o regime sem estipularmos regras que assegurem os direitos dos bancários”, explica a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria na mesa de negociação com a Fenaban (federação dos bancos).
Pesquisa do Dieese, feita com bancários em home office, mostrou que eles enfrentam problemas nessa modalidade, como trabalho além da jornada, sem recebimento de horas extras ou inclusão em banco de horas. Além disso, estão com dificuldades para realizar suas funções.
Os bancários apontaram ainda aumento dos gastos com supermercado e energia elétrica; falta de espaço em casa para exercer as tarefas do banco; problemas para conciliar o trabalho com os afazeres domésticos (principalmente entre as bancárias que têm filhos); falta de equipamentos adequados e de móveis com ergonometria adequada.
“Por isso reivindicamos que os bancos concedam equipamentos e infraestrutura adequados; que implementem ações para minimizar os impactos na saúde; que seja garantido o pagamento de hora extra, o reembolso de despesas, bem como um auxilio home office de valor fixo”, diz Ivone.
Ela destaca ainda que a pesquisa apontou que boa parte dos bancários aceita realizar um regime misto de home office e presencial, mas acham importante auxílio alimentação adicional e querem a garantia de uma frequência semanal no local de trabalho.
“Acreditamos no canal negocial e esperamos que os bancos estejam dispostos a discutir melhores condições para o exercício do teletrabalho”, finaliza a dirigente.
Fonte: SeebSP