O Comando Nacional d@s Bancári@s negocia hoje, às 14h, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) questões sobre saúde e condições de trabalho. É a terceira rodada de negociação da Campanha Nacional d@s Bancári@s e será realizada por videoconferência. Antes da negociação será feito um tuitaço para mostrar a força da categoria.
A maioria d@s bancári@s tem problemas de cansaço e fadiga (54,1%) por causa do trabalho excessivo. A crise de ansiedade afeta 51,6% da categoria. Um terço recorre a antidepressivos, ansiolíticos ou estimulantes para se medicarem e continuar o trabalho. Nessa negociação, os bancos devem entender que o lucro não pode ficar acima da saúde da categoria.
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“Os bancários são uma das categorias que mais adoecem, tanto psicologicamente – por conta da pressão constante, do assédio e da cobrança excessiva por metas -, quanto fisicamente. Por isso, não podemos retroceder nas conquistas que tivemos nos últimos anos em relação à saúde, e queremos a manutenção de todas as cláusulas sobre o tema na nossa CCT. Além disso, queremos avançar discutindo mecanismos para impedir as metas abusivas e também medidas que garantam condições dignas para quem está em regime de home office”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria na mesa com a Fenaban.
Adoecimento
Dados do INSS comprovam que a categoria bancária é uma das que mais adoece por conta do trabalho. Entre 2009 e 2013, houve um aumento de 40,4% no total de benefícios concedidos aos bancários, enquanto que para as demais categorias profissionais o crescimento foi de 26,2%.
Ainda segundo dados do INSS, de 2009 a 2018 mais da metade (56%) dos afastamentos de bancários foram reconhecidos como doença do trabalho, sendo as mais comuns: depressão, ansiedade, estresse e as LER/Dort. Sendo que as doenças psicológicas foram progressivamente tornando-se prevalentes, de 2013 em diante passaram a ser maiores que as Ler/Dort.
Segundo o Observatório de Saúde do Trabalhador, do Ministério Público do Trabalho, a incidência das doenças mentais e tendinites entre bancários é no mínimo de 3 a 4 vezes maior que na maioria da população. O que demonstra que o fator trabalho é crucial para essa incidência.
“Não há dúvida de que a forma de gestão dos bancos adoece a categoria. A pressão constante para o cumprimento de metas muitas vezes irreais, com uma série de desrespeitos que caracterizam o assédio moral, fazem com que os trabalhadores do setor financeiro estejam entre as principais vítimas de depressão, ansiedade, outros transtornos mentais e físicos. Os dados de saúde serão apresentados na mesa para os bancos e vamos insistir em medidas para a manutenção de nossos direitos e avanços que tornem o ambiente de trabalho nos bancos mais humano”, conclui Ivone.
Fonte: Seeb/SP
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