Taxa também foi a maior da série desde fevereiro de 2003. Índice acumulado já atinge 12%, mas tem região que supera 15% de alta. Alimentos, como tomate e cenoura, e gasolina foram alguns dos itens em alta neste mês, segundo o IBGE.
Por Vitor Nuzz
A escalada inflacionária segue seu curso no país, como mostra o resultado, divulgado na manhã desta quarta-feira (27), da chamada “prévia” da inflação oficial. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve alta de 1,73% neste mês, maior variação desde fevereiro de 2003. E a maior para abril desde 1995, no início do Plano Real. Agora, o IPCA-15 acumula alta de 4,31% no ano. Em 12 meses, sobe 12,03%, com região já acima dos 15%.
Segundo o IBGE, oito dos nove grupos tiveram alta no mês. A gasolina mais uma vez respondeu por boa parte do resultado, além de vários alimentos.
Assim, no grupo Transportes, os combustíveis subiram em média 7,54%. Com aumento de 7,51%, o preço da gasolina representou impacto de 0,48 ponto percentual no índice total de abril. Também aumentaram óleo diesel (13,11%), etanol (6,60%) e gás veicular (2,28%). ” Vale lembrar que, em 11 de março, o preço médio da gasolina da Petrobras para as distribuidoras foi reajustado em 18,77% e o do óleo diesel, em 24,93%”, diz o IBGE.
Avião, ônibus, táxi
Ainda nesse grupo, as passagens aéreas subiram 9,43%, após recuar no mês anterior. Já o seguro de veículo (3,03%) aumentou pelo oitavo mês seguido, somando 23,46% em 12 meses. O custo com táxis também subiu (4,36%), com reajustes em Fortaleza e São Paulo. O IBGE apurou ainda aumentos da tarifas de ônibus urbano (Belém, Curitiba e Recife) e metrô (Rio de Janeiro).
O grupo Alimentação e Bebidas teve a alta puxada, principalmente, por alimentos para consumo no domicílio (3%). Destaque para tomate (26,17%) e leite longa vida (12,21%), que somados representaram 0,16 ponto percentual no mês. Mas o instituto cita ainda cenoura (15,02%), óleo de soja (11,47%), batata inglesa (9,86%) e o pão francês (4,36%). A refeição fora de domicílio subiu mais do que em março (0,45%), enquanto o lanche aumentou menos (0,07%).
Reajuste no gás e na energia
No grupo de maior peso, Habitação, o gás de botijão subiu 8,09% em média, com impacto de 0,11 ponto. O gás encanado teve alta de 3,31%. Ambos tiveram reajustes em março. Também com reajustes, a energia elétrica aumentou 1,92%.
A prévia da inflação subiu em todas as áreas pesquisadas. Variou de 0,97% (região metropolitana de Salvador) a 2,23% (Grande Curitiba). No acumulado em 12 meses, vai de 9,98% (Brasília) a 15,16% (Curitiba). Atinge 11,87% em São Paulo e 11,82% no Rio.
Nos demais grupos, Vestuário teve alta em todos os itens, como roupas, joias e bijuterias. Em Saúde e Cuidados Pessoais, os produtos farmacêuticos subiram 3,37%, após autorização de reajuste nos medicamentos. Já os itens de higiene pessoal tiveram queda de preço (-0,87%).
O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 11 de maio.
Fonte: Rede Brasil Atual