O movimento sindical bancário e a Fenaban (federação dos bancos) assinaram nesta sexta-feira 4 o acordo aprovado por ampla maioria dos bancários de todo o Brasil em assembleias ocorridas nos dias 30 e 31 de agosto.
O acordo tem validade de dois anos e prevê a manutenção de todos os direitos clausulados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Prevê também, para este ano, reajuste de 1,5% sobre salários + abono de R$ 2 mil para todos os bancários – o que garante, em 12 meses, valores acima do que o obtido apenas com a aplicação do INPC para salários até R$ 11.202,80, o que representa 79,1% do total de bancários; e ainda reposição da inflação (INPC estimado em 2,74%) para demais verbas como VA e VR, e valores fixos e tetos da PLR. E para 2021: aumento real de 0,5% sobre salários e demais verbas.
Os reajustes dos bancários este ano nos salários, nos tíquetes refeição e alimentação, com a PLR e o abono representarão R$ 8,1 bilhões injetados na economia em 12 meses, segundo cálculo do Dieese. Reajustes salariais, ao contrário do que defende o ministro da economia Paulo Guedes, não levam ao desemprego. Pelo contrário, aquecem a economia.
Com o acordo assinado, em breve o Sindicato irá divulgar quando será pago o abono de R$ 2 mil. A antecipação da PLR será creditada aos bancários ainda neste mês de setembro.
Criatividade e unidade
Os bancários mais uma vez demonstraram sua unidade e força, ao sair de uma campanha atípica, realizada em meio a uma pandemia, com o país em recessão e os bancos públicos ameaçados por um governo privatista, com todos os direitos previstos em sua CCT mantidos por dois anos. Assim como foram preservados os direitos dos bancários do BB e da Caixa nos seus acordos específicos.
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