Iniciativa pede mudanças na MP 1000, editada por Bolsonaro, que propõe a redução do valor do benefício para R$ 300
O governo Bolsonaro, inicialmente contra a implantação do benefício, chegou a cogitar um “voucher” no valor de R$ 200 para a população. No entanto, a pressão dos movimentos sindicais junto aos movimentos populares garantiu a aprovação dos R$ 600.
Leia mais: Você sabia que Bolsonaro foi contra o auxílio emergencial? Entenda mais
Para o presidente Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sergio Nobre, reduzir o valor do auxílio prejudicaria cerca de 54 milhões de pessoas.
“A manutenção dos R$600 até dezembro é fundamental para que a gente mantenha a atividade econômica. Foi o auxílio que movimentou o que a gente teve de produção no nosso país, a medida em que o povo compra e a indústria produz. Ou seja, manteve girando a roda da economia. Então, é muito importante manter os R$ 600. Nós não podemos trabalhar com a lógica Paulo Guedes, financista, porque não foi isso que o mundo fez. Se olharmos para o povo que estão enfrentando bem a crise, todos eles investiram 35% do PIB para proteger o povo”.
Nobre pontua ainda que a crise econômica e social só não é mais grave pela injeção do valor disponibilizado para o auxílio emergencial. “Boa parte do dinheiro investido foi usado para compra de comida e alimentos“, resume.
Segundo levantamento do Datafolha divulgado em agosto deste ano, 53% dos entrevistados – que receberam o auxílio emergencial –, o usavam para comprar comida; 25% para pagar contas; e 16% para despesas domésticas.
Outras finalidades somam 4% e itens de combate à covid-19, 1%. E quase a metade (44%) dos entrevistados tinham no auxílio emergencial a sua único fonte de renda.
Relembre: Bolsonaro anuncia redução do auxílio de R$ 600 para R$ 300 a partir de setembro