Programa de Desligamento de Empregados precariza as condições de trabalho e pretende desligar 2964 pessoas sem reposição
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A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta quinta-feira (22), mais uma etapa do Programa de Desligamento de Empregados (PDE). Com a justificativa de reduzir custos e melhorar o capital financeiro, a instituição precariza as condições de trabalho de seus empregados, já que pretende desligar 2964 pessoas sem reposição. “O lançamento do PDE da Caixa deixa claro a despreocupação do banco com o atendimento e as condições de trabalho. A adesão à este tipo de programa, sempre dissemos, deve ser uma decisão de caráter pessoal e voluntária, mas a reposição dos quadros é uma obrigação da empresa. Queremos que a Caixa contrate ao invés de demitir”, reivindicou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
De acordo com o comunicado interno feito pelo banco, os funcionários poderão aderir ao PDE a partir do dia 23 de fevereiro até 5 de março. Os aptos devem estar aposentados pelo INSS até a data do desligamento, com exceção de aposentados por invalidez, ou serem trabalhadores que estejam aptos a se aposentarem pelo INSS até 31 de dezembro deste ano, ou com no mínimo 15 anos de trabalho na Caixa, ou com adicional de incorporação de função de confiança ou cargo em função gratificada até a data de desligamento.
“Este PDE é parte de um processo de desmonte dos Bancos públicos combinado com outras medidas que estão sendo articuladas para reduzir sua atuação, como verificamos com o ataque dos bancos privados aos fundos do FGTS. Estes programas atingem fortemente a qualidade e as condições de trabalho” afirmou.
Nesta quinta-feira (22), assistimos uma manifestação sindical, em Curitiba, para denunciar as más condições e as pressões a que os funcionários estão sendo submetidos. “Temos que intensificar a mobilização por todo o Brasil. Não podemos permitir este desmonte dos Bancos públicos e da saúde dos bancários que está sendo feito pelo governo golpista”, completou.