Confira os desafios e oportunidades para quem busca trabalhar nessas instituições financeiras.
O ano de 2021 ficará marcado como aquele em que os bancos tradicionais avançaram em seus planos de digitalização.
Mesmo com o fechamento de agências físicas, as instituições abriram portas para recrutar milhares de talentos com foco no crescimento de áreas como investimentos, comercial e de serviços digitais, bem como em melhorias no atendimento e na oferta de produtos mais atrativos para seus clientes – agora disputados não só entre os “bancões”, mas também com bancos digitais, corretoras e fintechs que balançaram o oligopólio do mercado.
De acordo com um levantamento feito pela EMB Carreiras, as seguintes instituições estão com processos seletivos abertos em todo o Brasil para contratação de, ao total, 4 mil especialistas e assessores de investimentos: Modal, BTG Pactual, Safra, Banco Inter, Bradesco, Santander, Itaú, Easynvest/Nubank, XP Investimentos, Pagbank, BS2, Agibank, Sicredi e Sicoob.
Já o Banco do Brasil anunciou no dia 24 de junho que abrirá concurso para preencher 4.480 vagas para o cargo de escriturário (entre agentes comerciais e de tecnologia), sendo 2.240 imediatas e 2.240 para formação de cadastro de reserva.
O terreno poucas vezes esteve tão fértil para quem tem planos de trabalhar em bancos ou em outros players do mercado financeiro. E para quem pensa que a prioridade é contratar veteranos do setor bancário, a realidade é justamente o oposto, como explica o economista Bruno Piacentini, sócio do Grupo Eu Me Banco e professor do PAAP (Programa Advisor de Alta Performance).
“As mudanças em curso nas instituições financeiras mudaram a dinâmica do jogo. Antigamente, tínhamos um perfil de profissional acostumado a trabalhar em bancos grandes, onde por décadas prestar um atendimento de excelência não era prioridade porque o cliente não tinha para onde ‘correr’. Hoje o que não faltam são concorrentes oferecendo suporte e benefícios para fisgar novos correntistas. Os vícios antigos de atendimento, bem como a defasagem na certificação, devem ficar no passado. Os recrutamentos estão favoráveis para quem está iniciando a vida profissional e para pessoas que não são do mercado financeiro”, conta Piacentini.
Para os candidatos egressos de outros setores ou que buscam o primeiro emprego como bancário, Fabio Louzada, CEO do Grupo Eu Me Banco, alerta que uma boa formação acadêmica não basta para competir por uma vaga.
“O ponto de partida é gostar e se interessar por assuntos relacionados ao mercado e produtos financeiros. Ter esse domínio é essencial para alguém que estará próximo do cliente, sobretudo na área comercial e de investimentos. Buscar habilitação via certificações financeiras, ter um bom networking e fazer cursos para aprimorar o saber fazer prático e técnico são pontos vistos com bons olhos nos processos de seleção”, afirma. Com informações de Publish Ideas.
Fonte: Space Money