Os bancos públicos são essenciais às economias do mundo, por executarem funções estratégicas que não são alcançadas pelas companhias privadas. Enquanto as últimas atuam em segmentos de mercado específicos, as instituições públicas são responsáveis pelo financiamento das políticas públicas que irão gerar as bases do desenvolvimento econômico e social. Ou seja, sua atuação gera benefícios para toda a sociedade.
Para a economista Fernanda Feil, especializada em instituições financeiras públicas, são os bancos públicos em geral, os principais responsáveis pela reestruturação da economia, a partir do financiamento de processos produtivos mais limpos, sustentáveis e de acesso mais igualitário.
“O banco público vai fazer isso enquanto instituição fortalecida, capaz de fazer a inclusão financeira. É o banco público que vai investir em inovação e naquelas regiões que, em geral, não têm acesso ao crédito privado. O banco público atua como um braço de política pública, dentro de um contexto mais amplo de promoção e incentivo à economia verde. O Banco do Brasil é essencial para o processo de recuperação da economia”, destacou a economista na live realizada pela ANABB no último dia 30.
A capacidade de gerar desenvolvimento para toda a sociedade, e não apenas para segmentos de mercado já rentáveis, também é apontada pelo presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos, deputado federal Zé Carlos (PT-MA), como fator diferencial da atuação das instituições públicas na comparação com o setor privado.
No debate on-line do dia 30, o parlamentar reforçou a sólida atuação do BB para o financiamento das exportações brasileiras e lembrou que os principais países do mundo contam com instituições estatais de fomento ao comércio internacional. Em uma economia cada vez mais globalizada, a existência dos bancos estatais se faz necessária.
“Os bancos públicos, e eu me refiro especialmente ao Banco do Brasil, cumprem um papel que nenhum banco privado conseguirá cumprir na mesma condição. Estamos falando em democratizar o acesso ao crédito e aos serviços bancários, atuar como agente de apoio ao desenvolvimento sustentável, ajudar financeiramente projetos prioritários de geração de emprego e renda”, ponderou o deputado.
Fernanda Feil reforça a avaliação de que todas as economias desenvolvidas do mundo contam com a sólida atuação dos bancos públicos. Ela cita como exemplo a Alemanha, que tem um grande banco estatal de desenvolvimento, o KFW, o qual atua de forma coordenada com instituições estatais localizadas nas unidades da federação, de alcance regional.
A economista também cita o caso dos Estados Unidos, que não contam com um banco público, mas possui diversas agências estatais de financiamento em áreas como pesquisa, inovação e desenvolvimento. “São espécies de fundos garantidores, instituições públicas”, enfatiza ela. “Não existe processo de desenvolvimento sem intervenção do Estado, de uma forma ou de outra”, assegura a economista.
No próximo dia 12 de outubro, o Banco do Brasil completará 212 anos. Para celebrar a data de maneira especial, a ANABB realizará uma live comemorativa a partir das 11 horas, com transmissão pelas redes sociais da Associação.
Fonte: ANABB