O Itaú causou uma grande polêmica ao criar a “demissão humanizada” para os seus funcionários
O banco Itaú, considerado uma das principais empresas financeiras da bolsa de valores do Brasil, a B3, causou polêmica nesta semana ao inventar o conceito de “demissão humanizada”. A ideia é que o trabalhador seja antecipadamente avisado de sua demissão futura.
O conceito, embora supostamente tenha uma preocupação com a saúde mental do funcionário, foi visto como polêmico por diversas pessoas. No entanto, o banco alega que avisar antecipadamente da demissão é uma vantagem, pois além de o colaborador não ser pego de surpresa com a demissão, ainda tem tempo de buscar por outra vaga.
Como funcionará?
À imprensa, o Itaú destacou que a “demissão humanizada” não será implementada para todos os setores do banco. A ideia é que áreas que serão reestruturadas em breve no banco usem essa ação para resolver demissões futuras, já que, em muitos casos, o cargo da pessoa não existirá mais.
Mesmo diante desta justificativa, representantes ligados ao Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região garantem que não é aceitável que um banco do porte do Itaú, que registrou um lucro altíssimo no ano passado, demita tantas pessoas, mesmo alegando que será de uma forma “humanizada”.
“Não existe forma humanizada de um banco como o Itaú, que em 2022 lucrou mais de R$ 30 bilhões, demitir pais e mães de família que construíram seus resultados. Não existe qualquer justificativa para o Itaú demitir”
Elaine Machado, dirigente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região e bancária do Itaú
Ainda em resposta a ação do Itaú, o Sindicato ainda criticou o fato de o trabalhador ter a sobrecarga de já saber que será demitido, enquanto ainda sofre com “metas abusivas e sobrecarga de trabalho”.
“A ideia de humanização do Itaú é que um trabalhador – que já sofre rotineiramente com metas abusivas, sobrecarga de trabalho e assédio – tenha que enfrentar esta dura rotina sabendo que será demitido. Por óbvio que isso levará ao adoecimento mental e físico. Onde está a humanização?“, questiona a dirigente do Sindicato.
A instituição ainda destaca que a ação pode levar ao adoecimento de diversos trabalhadores, tanto em âmbito físico, quanto mental, questionando como a ação está ligada à humanização.
Em nota, o movimento sindical pediu que o Itaú se responsabilize por estes funcionários que não terão mais cargos — como os que estão sendo substituídos por automações —, para que sejam realocados e mantidos seus empregos.
Procure o Sindicato
Os bancários que passarem por este processo de demissão supostamente “humanizada” devem procurar o Sindicato por meio do telefone / whatsapp (84) 98121-1600, via e-mail sindbancarioss@gmail.com ou mesmo presencialmente com algum dos Diretores da entidade. Assim, o Sindicato terá mais elementos para atuar junto ao banco. O sigilo é garantido.
Fonte: SINTEC Mossoró / SP Bancários / Seu Crédito Digital – Por Beatriz Capirazi