Reunião desta terça-feira (2) discutiu retomada do teletrabalho e mais rigidez nas medidas preventivas.
A retomada do teletrabalho e maior rigidez dos protocolos de saúde e segurança para enfrentar o agravamento da pandemia foram discutidas na reunião desta terça-feira (2), entre o Comando Nacional dos Bancári@s e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Para os representantes da categoria, essas e outras medidas protetivas são fundamentais enquanto os trabalhadores não recebam a vacina.
A tragédia em Manaus e a possibilidade de a nova cepa do coronavírus se espalhar para além da região Norte do país foram a referência das discussões entre o Comando e a Fenaban. “A população é vítima da ausência de gestão do governo Bolsonaro e de um ministro da Saúde que não faz nada para combater a pandemia. Queremos que o governo providencie vacina para todo mundo. Por causa desse atraso, precisamos também colocar a categoria bancária como um setor essencial no calendário de vacinação. Tivemos aglomerações nas agências e isso é um dos fatores de risco. Depois dos grupos prioritários a serem vacinados, queremos que a categoria seja incluída pelo Ministério da Saúde como um dos setores essenciais no calendário da vacina”, afirmou a coordenadora do Comando Nacional e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Juvandia Moreira.
Agravamento
Por causa do agravamento da pandemia, o Comando Nacional dos Bancári@s e a Fenaban concordaram em fazer reuniões regulares para discutir as medidas de proteção da categoria. O Brasil já superou a marca de 225 mil mortes causadas pelo coronavírus e se aproxima dos 10 milhões de contágios. “É neste contexto de agravamento da doença que cobramos dos bancos a manutenção do teletrabalho, a rigidez dos protocolos se segurança e equipamentos em todos os locais”, explicou Juvandia.
O encontro ocorreu após relatos de retorno ao trabalho presencial de bancári@s de grupo de risco e que d@s que estavam em teletrabalho. Precisamos nos antecipar ao sério risco que temos pela frente. Especialistas dizem que essa nova variamente do coronavírus está se espalhando. O risco é termos uma megapandemia dentro de 60 dias. Como a vacina vai demorar, com essa esculhambação do governo, precisamos reforçar as medidas preventivas. É uma questão de responsabilidade. Do final do ano passado até agora, houve um relaxamento enorme. O home office foi importante, distanciamento social, higiene, isso não mudou como formas de enfrentar a doença. A situação pode ficar pior que no ano passado e por isso chamamos os bancos à responsabilidade. Aumentou o número de doentes na categoria e inclusive o número de mortes.
Os representes da Fenaban disseram na reunião que atualmente metade da categoria está em teletrabalho e que vão fazer uma discussão na entidade sobre a manutenção de trabalhadores em trabalho remoto. É necessário que os bancos sejam mais criteriosos no controle da doença, principalmente na realização de testes em suspeitos de contaminação. O bancário tem sintomas e, muitas vezes, nem passa pelos médicos. O gestor manda ir à farmácia, fazer o teste e, se der negativo, volta a trabalhar.
Pará
Participou da reunião a presidenta da Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira, que falou sobre a situação preocupante no Estado e em toda a região Norte. “A região de Santarém, no Oeste do Pará, está em lockdown. A doença se espalhou pelos municípios próximos. Um dos dados da doença é de que para cada dez pacientes contaminados que vão para a UTI, seis morrem. Na região Norte, esse número é de oito para cada dez”, relatou Tatiana, que acredita que a nova cepa do coronavírus já tenha se espalhado por todo o Pará.
Fonte: Contraf