Os direitos dos bancários estão em risco. Na primeira rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2018, realizada em 28 de junho, os representantes da federação dos bancos (Fenaban) não assinaram o pré-acordo de ultratividade que garantiria tudo que está previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) até a assinatura de um novo acordo.
Em anos anteriores, esse pré-acordo, uma formalidade, vinha sendo assinado no início da negociação sem qualquer problema.
Mas, em 2018, há um agravante: a lei trabalhista pós-golpe extinguiu a ultratividade prevista em lei. Assim, sem esse pré-acordo, a partir de 31 de agosto os bancos poderão deixar de pagar vales refeição e alimentação, auxílio-creche, plano de saúde ou contratar com salários abaixo do piso. A data base da categoria é 1º de setembro.
Esse problema já atinge outras categorias. Vigilantes do Rio de Janeiro não assinaram acordo antes do vencimento da data base. Em algumas empresas, quando os trabalhadores foram usar seus vales-refeição, constataram que não tinham recebido nenhum valor.
Por isso, no dia 11, os bancários promoverão atos, em todo o país, cobrando dos bancos que assinem o pré-acordo. Estamos dispostos a negociar e esperamos o mesmo dos bancos: que demonstrem disposição para debater com seriedade a pauta dos bancários na rodada agendada para 12 de julho.
Queremos sair da mesa do dia 12 com um calendário de negociações, a exemplo do que sempre fizemos em anos anteriores. Nossa CCT completa 26 anos em 2018, foi construída na luta e também num processo democrático com respeito à representação dos trabalhadores e dos bancos. E assim queremos que continue sendo.
Além do ato no dia 11, os bancários podem participar utilizando #TodosPelosDireitos e #AssinaFenaban para ajudar a pressionar os bancos também pelas redes sociais.
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