Empresas fazem pressão pelo retorno ao trabalho presencial mesmo com pandemia ainda não controlada e trabalhadores exigem que protocolos de segurança sejam garantidos.
Por Redação RBA
Com o avanço da vacinação em todo o País, setores econômicos se organizam para o retorno ao trabalho presencial. Mas mesmo com a pandemia ainda não totalmente controlada, muitos trabalhadores têm sido pressionados a voltar sem qualquer garantia de controle para evitar a contaminação por covid-19, como mostra reportagem de Dayane Ponte no Seu Jornal, na TVT.
Os bancários têm relatado muita pressão para o retorno presencial ao trabalho. Por isso, o Comando Nacional da categoria retoma nesta sexta-feira (1°) a mesa de negociação sobre saúde para discutir com representantes dos bancos os protocolos de segurança contra a covid-19.
“Os bancos colocaram uma forma gradual de retorno, considerando as pessoas com as duas vacinas e após 15 dias do processo de imunização, mas ainda sim perdurando o regime de teletrabalho para aqueles que são de grupos de risco”, afirma o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga. “Com o pessoal da Caixa Econômica a gente conseguiu prorrogar o acordo de teletrabalho até o fim do ano”, diz.
Com os Petroleiros não é diferente. Pesquisa realizada com trabalhadores da Petrobras que estão em trabalho remoto mostra que 92% dos entrevistados querem a participação dos sindicatos nas negociações das medidas de segurança contra covid-19. Mas a empresa insiste no retorno ao trabalho presencial, sem qualquer negociação com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos.
“O trabalho presencial começou a voltar em julho e agora em 1° de outubro 20% da categoria que estava em teletrabalho vai voltar e ainda em novembro mais 40% e isso se conclui até dezembro. Então, em janeiro do ano que vem todo mundo vai voltar ao trabalho presencial. É uma volta que com escala de até três dias teletrabalho”, diz a diretora da FUP Cibele Vieira.
Os bancários também responderam a uma pergunta realizada pelo Dieese sobre teletrabalho. A pesquisa revela que os bancos ainda não cumprem totalmente os termos negociados, mas reconhecem que o trabalho remoto evitou que mais trabalhadores ficassem expostos aos riscos de contágio pelo coronavírus.
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“Em alguns bancos a gente conseguiu avançar, por meio de acordo coletivo da negociação permanente”, diz Tabatinga. “A gente conseguiu não só o fornecimento de computador e internet, como também um auxílio em dinheiro, que varia entre R$ 70 e R$ 100. Na noite dessa quinta-feira (30), a FUP realizou videoconferência para debater com os petroleiros os termos da negociação entre a Petrobras e a categoria. E a Contraf deve seguir conversando com a Federação Nacional dos Bancos para garantir a efetivação das medidas contra covid-19.
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Fonte: RBA