O pequeno Heitor de 1 ano e 2 meses de idade é o único filho de Hugo Moreira e Carla, um filho muito esperado. Ele nasceu prematuro, após uma gravidez conturbada, e teve que ficar 21 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Pouco tempo depois de voltar para casa, o menino teve de ser internado de novo porque não conseguia respirar sozinho e estava hipoativo. A família, que é da Paraíba, precisou se mudar para Pernambuco, pois a estrutura hospitalar é melhor. Lá ele recebeu o diagnóstico da Atrofia Muscular Espinhal (AME). Um momento muito difícil para a nova mamãe.
Como tratamento para a doença foi prescrita a medicação Zolgensma e o pequeno Heitor tem de tomar o remédio, que custa aproximadamente R$ 12 milhões, até os dois anos de idade. Até a chegada desse momento, ele vem sofrendo com os efeitos da doença.
“Foi como se tirassem o meu chão. Eu amo o meu filho e nunca imaginei que teria que lutar por um medicamento para tê-lo conosco, vê-lo crescendo, correndo e até mesmo cuidando de nós”, diz Carla emocionada. Formada em enfermagem, ela se dedica ao filho em tempo integral e diz “eu amo meu filho e ainda dá tempo dele tomar o remédio, mas esse tempo está acabando”.
A luta na justiça
O pai de Heitor, Hugo Moreira, é funcionário da Caixa Econômica Federal e beneficiário do plano de saúde da empresa, o Saúde Caixa. Graças a este plano, Heitor faz acompanhamento em Recife, mas não consegue cobertura para o pagamento do remédio. Por isso, a família entrou com pedido na justiça, mas o plano negou a compra da medicação.
Em 17 de março, a família ganhou na justiça uma liminar contra o Saúde Caixa. Documento que lhes dava cinco dias para se pronunciar e complementar o valor para a compra do Zolgensma, cerca de R$ 6 milhões. O remédio, que inicialmente sairia por cerca de R$ 12 milhões, teve valor reduzido para a família, chegando a R $8,9 milhões.
Mas, mesmo com a redução, o Saúde Caixa recorreu da liminar e se negou a complementar o valor. “Apresentamos a defesa do Heitor e pedimos ao desembargador que restabeleça a liminar e estamos aguardando essa nova decisão”, explica Daniela Tamanini, advogada da família.
Doações
Apesar do processo na justiça, a família de Heitor também organiza campanhas e ações para garantir que o menino tome a medicação a tempo. As doações podem ser feitas pela Caixa Econômica, Banco do Brasil, Santander, Itaú, Paypal, Bradesco, Sicredi, Picpay e PIX (CPF 171.757.114-09).
Até o início desta semana, o casal havia arrecadado R$ 3.406.027,81, valor bem distante do que ainda necessitam para a aquisição do medicamento.
Mais informações na página do Instagram @ameheitormoreira.
Fonte: portalcorreio