Em assembléia geral extraordinária, encerrada agora há pouco, os bancários de Mossoró e Região decidiram, por maioria, aderir a greve geral convocada pelas centrais sindicais em todo o Brasil.
A mobilização, que ocorrerá em todo o território nacional e já conta com adesão de várias categorias profissionais, é contra a reforma da Previdência do governo federal (PEC 6/2019) que acaba com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros, por empregos, em defesa da soberania nacional, contra as privatizações, em defesa dos bancos públicos e da democracia brasileira.
Demais categorias como motoristas, metroviários, ferroviários, professores, metalúrgicos, químicos, servidores públicos e outras mais, resolveram entre ontem e hoje também aderir à paralisação nacional.
Na assembléia, o coordenador-geral do Sindicato, Assis Neto, destacou vários pontos negativos da reforma para o trabalhador brasileiro como, por exemplo, o ’empurrão’ do suposto déficit da Previdência nas costas do trabalhador e dos mais pobres. Em sua análise, observou que a reforma ainda manterá privilégios, ao mesmo tempo em que fará com que os trabalhadores morram antes de se aposentar. Destacou ainda o fracasso da reforma similar, também implementada pelo atual ministro da economia Paulo Guedes, no vizinho Chile e a falta de vontade dos governos em resolver as contas da Previdência Social por outros meios, como o combate à sonegação, a revisão no pagamento dos juros da dívida pública e uma reforma tributária progressiva na qual os mais abastados pagassem mais impostos.
Em Mossoró, a mobilização acontecerá no Alto de São Manoel, ao lado da igreja homônima, a partir das 15h e contará com a participação de trabalhadores de várias outras categorias, como servidores públicos, professores, funcionários da saúde, hoteleiros, comerciários, dirigentes sindicais, representantes das centrais, movimentos sociais, dentre outros.