Protesto em frente ao Centro Cultural do BB, no Rio de Janeiro, criticou o veto do presidente à propaganda do banco com atores que retratam a diversidade sexual e racial do país.
Bancários do Rio de Janeiro protestaram contra a censura imposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) a uma propaganda do Banco do Brasil. A peça publicitária da instituição pública traduzia a diversidade sexual e racial do país. O veto da Presidência da República contraria lei que garante autonomia às estatais e companhias de economia mista como o BB.
Em ato realizado nesta sexta-feira (3) em frente ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), os trabalhadores denunciaram ainda o controle autoritário da programação cultural do CCBB: “Quando tem algum espetáculo que vá contra o que o governo determina arbitrariamente como seus princípios, ele veta. Isso é autoritarismo, censura. Já vivemos isso em 1964 e não podemos deixar que se repita”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio, Adriana Nalesso.
A proibição de veiculação do comercial é considerada um absurdo. “O Banco do Brasil é um banco público, deve ser de todos, não apenas de alguns. Respeitar a diversidade é dever e não favor. A peça publicitária buscava apenas conquistar uma fatia do mercado, de clientes jovens e diversos. O brasileiro é conhecido pela diversidade. O BB tem política de diversidade, respeitando inclusive o nome social dos funcionários trans. Não podemos viver esse retrocesso”, criticou Rita Mota, diretora do sindicato.
O presidente do banco, Rubem Novaes, também foi criticado por ter concordado com a derrubada da peça publicitária. A ingerência de Bolsonaro levou à saída do diretor de Comunicação e Marketing do banco, Delano Valentim. “O marketing do banco estava correto. Errado estão Bolsonaro e Novaes por não se importarem com o crescimento do BB e discriminarem parte da população”, destacou Rita.
CRIAR BRASIL
Bancários em ato contra a censura e autoritarismo do governo de Jair Bolsonaro