1933 – Seis horas – A pressão dos bancários, que começavam a se organizar em todo país, conquistou a jornada de 6 horas, uma vitória inédita para o movimento dos trabalhadores bancários até então. Foi um grande salto para os trabalhadores, mas, como as conquistas se alcançam passo a passo, os bancários ainda eram obrigados a trabalhar aos sábados.
1934 – IAPB – A categoria conquista o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Bancários. Na época não havia uma instituição de aposentadoria para todos os trabalhadores, como funciona hoje o INSS, e cada categoria possuía seu próprio instituto de aposentadoria. Era uma época perigosa para os trabalhadores, porque, ao entrar em greve, o governo poderia decretar uma intervenção no Sindicato e praticamente acabar com a mobilização dos empregados. Ainda assim, em 6 de julho de 1934 os bancários entram em greve e somente três dias depois, através de um decreto, o governo criou o IAPB, com administração e controle dos sindicatos de bancários.
1934 – O movimento de 1932 foi um aquecimento para a primeira greve nacional, que ocorreria dois anos depois. Nos dias 5, 6 e 7 de julho de 1934, bancários de norte a sul do país cruzaram os braços em favor da aposentadoria com 30 anos de serviço e 50 de idade, estabilidade no emprego e pela criação de uma caixa única de aposentadorias e pensão para a categoria. O movimento conquistou a adesão de oito dos dez sindicatos de bancários e a greve foi vitoriosa, com todas as reivindicações atendidas.
1946 – Depois de um período de 12 anos os bancários voltaram com tudo, para fazer o que seria a maior greve nacional da categoria até aqui. Em 1946, após a eleição de Eurico Gaspar Dutra (PSD) para a presidência da República, pipocou uma série de manifestações por todo o país. Só nos dois primeiros meses estouram sessenta paralisações, que culminaram com a fundação de uniões sindicais municipais, sob a liderança dos bancários.
A principal reivindicação da categoria era o salário mínimo profissional, já concedido pelo governo a outros setores. No dia 23 de janeiro, o Rio de Janeiro entra em assembleia permanente para aguardar uma resposta do governo. O ministro do Trabalho, Roberto Carneiro Mendonça, ameaça então retirar a proposta se os bancários entrarem em greve. No dia seguinte a categoria parou na capital carioca e o movimento se espalhou por todo o país. A segunda greve nacional parou mais de 40 mil bancários por dezenove dias. Em 11 de fevereiro, os banqueiros oferecem uma trégua: garantiram que os grevistas não seriam punidos e que receberiam pelos dias parados. Já o governo disse que continuaria analisando o projeto. A categoria volta ao trabalho no dia seguinte.
1961 – Quinze anos depois os bancários partiam para sua 3ª greve nacional. No dia 21 de outubro de 1961, a Campanha Salarial entrava num impasse: os bancários reivindicavam 60% de reajuste e os banqueiros negavam. A greve começou pelos bancos públicos, já que os privados ainda negociavam no TRT. O primeiro-ministro, Tancredo Neves, e o ministro do Trabalho, Franco Montoro, intermediaram as negociações e conseguiram arrancar do governo federal um reajuste de 40%. A greve termina em uma semana, com o pagamento dos dias parados, mas a Campanha continuava nos bancos privados. Em 7 de novembro os funcionários repetem o feito dos colegas do setor público e param contra o reajuste escalonado de 30 a 50%. Dois dias depois, o TRT oferece 60% de aumento e a greve acaba.
1963 – Em 1963, apesar do governo democrático e popular do presidente João Goulart, o país continuava passando por graves problemas, como a inflação. Entre várias greves, os bancários paulistas pararam em 21 de janeiro para reivindicar o pagamento das gratificações de balanço, o 13º sem compensação e o fim dos 30 minutos a mais na jornada para compensar o sábado. Os banqueiros endurecem e os bancários decidem esperar a Campanha Salarial, avaliando que o movimento não tinha força. A Campanha começou, mas a situação não mudou. Sem avanços, os bancários decidem parar por 24 no dia 17 de setembro. A greve se prolonga por sete dias em todo país e termina com os banqueiros pagando acordos superiores aos determinados pela Justiça do Trabalho.
1961 – Gratificação de caixa
1982 – Ajuda transporte e ajuda alimentação
1986 – Adicional noturno
1986 – Auxílio-creche por 60 meses
1988 – Auxílio para filhos excepcionais ou portadores de deficiência
1992 – Primeira Convenção Coletiva Nacional – Pela primeira vez na história sindical do Brasil, uma categoria conquista um acordo único para todo país, que fortaleceu a nossa luta e permitiu a unificação do piso salarial. A conquista ainda é uma exclusividade dos bancários, única categoria a ter um acordo desse tipo.
1992 – Auxílio Creche/Babá – O benefício, conquistado em 1986, foi ampliado em 1992 para todos os bancários e bancárias com filhos até 6 anos e 11 meses.
1994 – Cesta-alimentação – Mais de dois meses de mobilização foram necessários para a conquista desse direito, que passou a integrar todas as convenções coletivas a partir de então.
1995 – PLR Os bancários também foram os primeiros trabalhadores a conquistarem o direito à PLR, que é aperfeiçoada a cada ano.
1997 – Complemento para afastados – Na campanha salarial de 1997 os bancários conquistaram a complementação salarial para afastados por doença ou acidentes por um período de 24 meses. Até então era de 18 meses. Também conquistamos a estabilidade de um ano após o afastamento para lesionados.
2004 – Aumento Real e retomada das grandes mobilizações – Após anos de reajustes abaixo da inflação (que os banqueiros tentavam compensar com o abono), os bancários retomam fortemente as mobilizações nacionais e, através da maior greve da categoria, conquistam um aumento acima da inflação. Ainda é muito aquém das possibilidades dos bancos e da reposição das perdas de anos anteriores, mas é um começo para a reconquista do poder aquisitivo da categoria.
A Diretoria
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Bom dia companheiros! Bonita história da nossa Entidade, retrata a responsabilidade e combatividade em defesa da Categoria Bancária de Mossoró e Região.