Na última sexta-feira 3, representantes dos empregados da Caixa participaram da primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) sobre Condições de Trabalho, realizada de forma remota. Em pauta questões como, por exemplo, mais contratações e demandas de pessoas com deficiência (PCDs), que hoje são 4,97% do quadro de funcionários.
Contratações
O primeiro tema abordado no GT foi a necessidade urgente de recomposição do quadro de funcionário da Caixa.
“Os empregados da Caixa estão sobrecarregados, especialmente aqueles que estão na linha de frente do atendimento a população nas agências. É necessário contratar ,imediatamente, os concursados de 2014. Para reconstruir o país, a Caixa será fundamental. O desmonte criminoso imposto pelo desgoverno Bolsonaro deve ser imediatamente corrigido, acabando com absurdos como as funções por minuto e retomando as carreiras correlatas. Além disso, é preciso reestruturar áreas fundamentais para que a Caixa continue sendo um banco do fomento das políticas públicas pra um país justo, solidário e verdadeiramente soberano”
Francisco Pugliesi, diretor executivo do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região e empregado da Caixa
A Caixa, que em 2014 chegou a ter 101 mil empregados, de acordo com o último balanço divulgado pelo banco hoje tem apenas 87.221 empregados.
PCDs
Na reunião do GT de Condições de Trabalho, representantes da Caixa apresentaram dados sobre a contratação de pessoas com deficiência (PCDs). Segundo o banco, hoje são 4.314 PCDs na Caixa, dos quais 43,7% em funções gratificadas. Por sua vez, os representantes dos empregados solicitaram mais detalhes a respeito destas funções.
Os representantes dos empregados também reforçaram a necessidade de melhorias na acessibilidade, tanto nos sistemas quanto nas unidades do banco.
Outra reivindicação diz respeito ao reforço das ações de sensibilização de gestores quanto a recepção dos trabalhadores PCDs. Para os representantes dos empregados, além da certificação em “Inclusão PCD”, atitudes inclusivas destes colegas devem tornar-se uma cultura dentro da Caixa. Foi solicitada ainda a criação de comitê multidisciplinar de acompanhamento e aprimoramento desta cultura inclusiva.
Os representantes dos empregados reivindicaram ainda prioridade para empregados PCDs e com filhos de até seis anos na opção pelo teletrabalho.
Saúde
A Caixa anunciou a retomada do Programa Fique Bem, que traz inovações. O objetivo é reunir ações para promover a saúde dos empregados dentro e fora do ambiente de trabalho.
Confira abaixo o conjunto de ações do programa:
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Nutrição e hábitos saudáveis: sensibilizar para a prática alimentar saudável. O gestor da unidade manifesta interesse de participação para a CEREP.
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Programa de Readaptação Profissional (PRP): o antigo PRO busca promover a readaptação do empregado ao ambiente de trabalho e reabilitação ocupacional para os empregados participantes do Reabilita INSS. A CEREP identifica o empregado público alvo.
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Programa da Saúde da Mulher e do Homem: incentiva o rastreamento precoce de câncer de colo do útero e mama para as empregadas e próstata para os empregados. Disponível no portal Integra Mais.
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Fique Bem Saúde Emocional: até três atendimentos com psicóloga e um com psiquiatra são custeados pela Caixa. Cadastramento no app Conexa Caixa.
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Fique Bem Atividade Física (convênio com Gympass): conecta empregados, aposentados e seus dependentes a atividades esportivas.
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Atividades Laborais: promove a saúde e bem estar no ambiente de trabalho (solicitação da unidade para a CEREP).
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Vacinação antigripal: oferece vacinas contra as cepas da gripe do ano.
Plano Gympass Digital
O Plano Gympass Digital, lançado em 1º de março, possibilita aos empregados da Caixa a utilização, sem custos, de cinco aplicativos de bem estar até o mês de dezembro.
Comitê de Realocação
Os representantes dos empregados cobraram ainda a retomada do Comitê de Realocação, como uma instância para apoiar trabalhadores que, por qualquer razão, necessitem ser realocados de unidade.
“Avaliamos como positiva esta primeira reunião do GT. Colocamos nossas demandas para os representantes do banco e temos a expectativa de que, com esta nova gestão do banco, possamos avançar na melhoria das condições de trabalho, reduzindo a sobrecarga de trabalho, combatendo o adoecimento e valorizando a importante função social da Caixa enquanto banco público”
Luiza Hansen, dirigente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região e empregada da Caixa