Desligamentos em massa estão acontecendo nas agências do banco Itaú na Bahia. Como consequência, a situação tem causado revolta entre os funcionários. Assim, para chamar a atenção da direção do banco, trabalhadores e trabalhadoras protestaram em frente a uma das agências, localizada na Avenida Tancredo Neves, em Salvador.
Nesse sentido, na pauta, além das demissões, estava o fechamento de agências no estado baiano e casos de assédio moral. O presidente do Sindicato dos Bancários e vereador, Augusto Vasconcelos (PCdoB), esteve à frente das manifestações e relatou que “a postura unilateral do banco está prejudicando clientes e funcionários”.
Demissões e assédio são contestados pelos trabalhadores
De acordo com presidente do sindicato dos bancários, o Itaú não está preocupado com os funcionários e com como as demissões estão afetando os trabalhadores, mas somente com a imagem que o banco passa através das propagandas.
“A manifestação visa hoje demonstrar à sociedade que, por trás das belas propagandas patrocinadas pelo Itaú, tem profissionais adoecendo, perdendo o emprego e os clientes sendo prejudicados com o fechamento das agências, aumento dos juros e das tarifas bancárias” .
Nesse sentido, um dos pedidos feitos durante a manifestação foi a criação de um canal para negociação entre o banco e os funcionários. Assim, a ideia é que os trabalhadores possam entender a reestruturação implementada.
Além disto, esse seria um canal para o combate ao assédio moral e à pressão para bater as metas, que, segundo os trabalhadores e o sindicato, são absurdas.
Dispensa de trabalhadores é maior na Bahia
O diretor da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e também funcionário do Itaú, Alan Gomes, esteve presente no protesto. Nesse sentido, ele ressaltou que, no início de março, foram demitidos 27 trabalhadores no estado.
Nesse sentido, mesmo se tratando de uma realidade nacional, ele aponta que nos estados do nordeste a situação é pior.
“É uma ação perversa nacional, mas notamos uma maior agressividade aqui na Bahia, em menos de 24 horas, foram menos 27 trabalhadores. No Rio de Janeiro, foram 20 trabalhadores. […]. Fazendo todo esse apanhado, a agressividade foi muito maior aqui, aí cabe até uma questão de preconceito regional”, afirma.
Por fim, os protestos foram realizados em frente à agência até o meio-dia e o trânsito não foi interrompido no local.
Fonte: Seu Crédito Digital