Resultado faz banco revisar para cima estimativas de lucro para 2022.
O banco controlado pelo governo federal reportou lucro recorrente de R$ 8,36 bilhões entre julho e setembro, um salto de 62,7% sobre um ano antes. O número também veio acima da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 7,359 bilhões para o período.
Com o resultado, o banco revisou sua projeção de lucro para 2022, de uma faixa entre R$ 27 bilhões e R$ 30 bilhões para entre R$ 30,5 bilhões e R$ 32,5 bilhões. No acumulado dos nove meses deste ano, o banco registra lucro de R$ 22,8 bilhões.
A carteira de crédito do BB chegou a R$ 969,2 bilhões em setembro deste ano, aumento trimestral de 5,4% e de 19% na comparação anual.
No intervalo de janeiro a setembro deste ano, a carteira de crédito do banco cresceu 20,5%, e a projeção para a evolução do ano saiu de uma faixa entre 12% e 16% para entre 15% e 17%.
O banco atribui os resultados do trimestre ao aumento da margem financeira bruta, que subiu 14,7%, e ao crescimento das receitas de prestação de serviços. Cita, ainda, a expansão nos resultado e participações em suas controladas, coligadas e joint ventures e da PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa).
A carteira pessoa física ficou em R$ 281,9 bilhões, crescimento de 2,7% no trimestre e de 10,9% no ano, impulsionada pelo crescimento do crédito consignado (+8,3), empréstimo pessoal (+22,6%) e cartão de crédito (+31,5%).
A carteira de crédito para empresas teve aumento de 5,3% na margem e de 20,2% em 12 meses, chegando a R$ 354,8 bilhões. O destaque do setor foi o capital de giro (+8,3%).
O BB (Banco do Brasil) anunciou nesta quarta-feira (9) lucro ajustado acima das expectativas do mercado e elevou suas previsões de 2022 para expansão do crédito e de lucratividade.
Já a carteira do BB para o agronegócio registrou alta de 9,1% na comparação trimestral e de 26,7% na anual, chegando a R$ 286 bilhões. As operações de custeio, que cresceram 53,7% em 12 meses, foram o destaque na categoria.
A taxa de inadimplência acima de 90 dias do banco, porém, chegou a 2,34%, contra 1,82% em setembro de 2021 e 2% em junho deste ano.
“Cada vez mais, utilizamos a inteligência de dados para subsidiar nossas decisões estratégicas. Isso tem permitido que possamos construir um relacionamento sustentável com nossos diversos perfis de clientes. Como resultado, nossa inadimplência segue abaixo da apresentada pela média do sistema financeiro”, diz o diretor do BB, Fausto Ribeiro
Com os números, o RSPL (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) do BB, indicador que mede a rentabilidade da operação da instituição financeira, avançou para 21,8% no terceiro trimestre de 2022, contra 14,3% em setembro de 2021 e 20,6% em junho deste ano.
O Banco do Brasil é o terceiro entre os maiores bancos do país a divulgar resultados de terceiro trimestre e o primeiro a registrar salto no lucro.
No dia 26 de outubro, o Santander reportou lucro R$ 3,12 bilhões — um recuo de 28% na comparação anual.
Nesta terça (8), o Bradesco surpreendeu o mercado ao divulgar que teve lucro de R$ 5,22 bilhões no trimestre, queda de 22,8% ante o mesmo período de 2021. O resultado fez as ações do banco registrarem sua maior queda desde 1998, despencando 17,38% e chegando a R$ 15,35. A perda de valor de mercado foi de R$ 31 bilhões.
Fonte: Folha de S. Paulo