A união da categoria por meio da sindicalização e a força de um movimento unificado resultou em vitórias muito importantes ao longo dos anos. Confira algumas delas:
1934 – Após greve de dois dias, categoria conquista estabilidade após 2 anos de trabalho e a criação do IAPB – Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Bancários, extinto em 1966 pela ditadura;
1946 – Após 69 dias de paralisação total, com intensa atividade de rua, os bancários conquistaram a garantia no emprego e pagamento dos dias parados, 100% de reajuste salarial e o compromisso do governo de convocar uma comissão paritária para prosseguir os estudos sobre salário profissional e quadro de carreira.
1953 – Criada a Comissão Permanente de Negociação dos Bancários, um embrião para a consolidação da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec); Congresso Nacional aprova lei que cria o DIA NACIONAL DO BANCÁRIO, a ser comemorado em 28 de agosto;
1958 – Fundada a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec). Foi a primeira confederação organizada por trabalhadores e não por decreto governamental;
1961 – Criação do Sindicato dos Bancários de Brasília DF;
1963 – Greve total, de 17 dias do Sindicato dos Bancários de Brasília, quando conquistou 50% de reajuste salarial, a chamada “meia dobradinha” (os funcionários públicos recebiam salários em dobro, a “dobradinha”);
1961 a 1963 – Três grandes paralisações da categoria, muita luta e a vitória: anuênio, aumento geral de 40% com mínimo de 7 mil cruzeiros, salário profissional, gratificação de função, pagamento integral dos dias parados e instituição da data-base em 1º de setembro – um marco na história dos trabalhadores, abrindo caminho para outras categorias conquistarem sua data base;
1964 – Intervenção do Ministério do Trabalho na CONTEC até 1966;
1967 – Após muita luta e reivindicação, os bancários conquistam a extinção de jornada de trabalho aos sábados; É criada a Cooperativa Habitacional dos Bancários;
1972 – 2ª intervenção do Ministério do Trabalho na CONTEC até 1975, embora não fosse a diretoria corrupta ou subversiva. Visitava o Brasil, em setembro de 1975, o belga Francis Blanchard, Diretor-Geral da OIT;
1976 – Retomada das campanhas salariais unificadas até os dias atuais;
1979 – Campanha salarial conquista reajuste no anuênio;
1982 – Unificação das datas-base dos bancários de instituições públicas e privadas, um passo importante para o fortalecimento do movimento sindical bancário;
1984 – Sindicato dos Bancários lideraram as Diretas Já;
1985 – Encontro Nacional dos Bancários e grande passeata em Campinas/SP;
1992 – Campanha nacional contra às privatizações dos Bancos Estaduais da Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Goias;
1995 – Bancários conquista a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Primeira categoria a ser beneficiada com a iniciativa;
1997 – Foi criada a 1º Comissão de Negociação Permanente de raça, gênero e igualdade; categoria conquistou o complemento salarial para bancários afastados;
1999 – A categoria luta contra a privatização dos bancos. A mobilização dos bancários contra a política neoliberal do governo FHC impediu a privatização do Banco do Brasil e da CAIXA;
2000 – Categoria conquista a igualdade de oportunidades na Convenção Coletiva;
2003 – Primeira Campanha Salarial Unificada da categoria bancária;
2004 – A retomada das grandes mobilizações garante a conquista de aumento real em todas as campanhas salariais a partir deste ano;
2005 – Assinada a Primeira convenção coletiva de trabalho com os bancos públicos Caixa e Banco do Brasil (negociações específicas);
2007 – A categoria negociou e conquistou o direito a 13º cesta-alimentação;
2010 – Campanha salarial conquista o reajuste de até 16,33% nos pisos salariais e incremento da PLR. Também conquista, pela primeira vez, a inclusão na Convenção Coletiva de mecanismos para combater o Assédio Moral no trabalho contra o desrespeito e as metas abusivas. PLR Social na CAIXA com 4% do lucro distribuído lineamente entre os empregados;
2013 – Reajuste: 8,0% (1,82% de aumento real). Pisos: Reajuste de 8,5% (ganho real de 2,29%).
PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.087,49. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 19.825,86.
PLR parcela adicional: aumento de 2% para 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 3.388,00 (10% de reajuste).
Auxílio-refeição: de R$ 21,46 para R$ 23,18 por dia.
Cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36.
13ª cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36.
Auxílio-creche/babá: de R$ 306,21 para R$ 330,71 (para filhos até 71 meses). E de R$ 261,95 para R$ 282,91(para filhos até 83 meses).
Abono-assiduidade (novidade): 1 dia de folga remunerada por ano.
Vale-cultura (novidade): R$ 50,00 mensais para quem ganha até 5 salários mínimos, conforme Lei 12.761/2012;
2014 – Reajuste salarial de 8,5% e de 9% no piso salarial e outras conquistas:
Reajuste de 12,2% no auxílio-refeição.
Combate às metas abusivas. A cobrança de metas passou a ser proibida não somente por SMS, mas também por qualquer outro tipo de aparelho ou plataforma digital.
Certificação CPA 10 e CPA 20 – Quando exigido pelos bancos, os trabalhadores terão reembolso do custo da prova em caso de aprovação.
Adiantamento de 13º salário para os afastados – Quando o bancário estiver recebendo complementação salarial, terá também direito ao adiantamento do 13º salário, a exemplo dos demais empregados.
Casais homoafetivos – Divulgação da cláusula de extensão dos direitos aos casais homoafetivos, informando que a opção deve ser feita diretamente com a área de RH de cada banco, e não mais com o gestor imediato, para evitar constrangimentos e discriminações.
Campanha sobre assédio sexual – Os bancos assumiram o compromisso de realizar uma campanha junto com os bancários para combater o assédio sexual no trabalho.
2015 – 10% de reajuste nos salários, pisos e PLR e outras conquistas:
14% de reajuste nos vales alimentação e refeição.
Pisos – Portaria após 90 dias: R$ 1.377,62. Escriturário após 90 dias: R$ 1.976,10. Caixa após 90 dias: R$ 2.669,45 (que inclui R$ 470,75 de gratificação de caixa e R$ 222,60 de outras verbas de caixa).
PLR Regra Básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.021,79, limitado a R$ 10.845,92. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 23.861,00.
Antecipação da PLR: Até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54% do salário mais fixo de R$ 1.213,07 limitado a R$ 6.507,55. Da parcela adicional, 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre, limitado a R$ 2.021,79. O pagamento do restante será feito até 1º de março de 2016.
PLR: Parcela Adicional: 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 4.043,58.
2016 – Acordo de trabalho para dois anos com manutenção de todas as conquistas da CCT.
Para 2016:
Reajuste de 8% nos salários, pisos e PLR.
Abono de R$ 3.500 para todos os bancários e bancárias.
15% de reajuste no vale-alimentação.
10% de reajuste no vale-refeição e no auxílio-creche/babá.
Ampliação da licença paternidade para 20 dias.
Abono integral dos dias parados.
PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 2.183,53 limitado a R$ 11.713,59. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.769,88.
PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.367,07.
Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva.
Regra básica – 54% do salário reajustado em setembro de 2016, mais fixo de R$ 1.310,12, limitado a R$ 7.028,15 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.183,53.
Para 2017:
Reposição da inflação medida pelo INPC mais 1% de aumento real nos salários, pisos e todas as verbas salariais; PLR e antecipação da PLR – mesmas regras, com reajustes dos valores fixos e limites pelo INPC/IBGE de setembro/2016 a agosto/2017, acrescido de aumento real de 1%, com data de pagamento final até 01/03/2018.
2018 – Acordo de trabalho para dois anos com manutenção de todas as conquistas da CCT.
Para 2018:
Reajuste de 5% (reposição da inflação mais 1,31% de aumento real) sobre salários e demais verbas; parcelamento do adiantamento de férias em até três vezes, a pedido do bancário; realização do terceiro Censo da Diversidade, levantamento fundamental sobre o perfil da categoria para a promoção da igualdade de oportunidades.
Para 2019:
Reposição total da inflação mais aumento real de 1% sobre salários e demais verbas.
2020 – Acordo de trabalho para dois anos com manutenção de todas as conquistas da CCT.
Para 2020:
Reajuste de 1,5% nos salários; abono de R$ 2.000 reais para todos os bancários e bancárias; reajuste pela inflação (INPC) para VR, VA, auxílio creche/babá, valores fixos e tetos da PLR; e cláusulas na CCT sobre apoio a bancárias vítimas de violência doméstica.
Para 2021:
Reposição da inflação mais 0,5% de aumento real para salários e demais verbas
Fonte: Contec (