O Banco do Brasil teve lucro líquido ajustado de R$ 5,14 bilhões no 3º trimestre, alta de 47,6% ante o mesmo de 2020. O resultado ficou 9,07% acima das estimativas de cinco casas (BTG Pactual, Bank of America Corp, Bradesco BBI, Citi e Safra) consultadas pelo Prévias Broadcast. No acumulado dos nove meses de 2021, o lucro líquido ajustado do Banco do Brasil somou R$ 15,1 bilhões, expansão de 48% ante o mesmo período do ano passado.
A expansão do crédito e a expansão das transações bancárias, sobretudo com cartões, por conta da reabertura dos negócios, estão entre os fatores que explicam a melhora do lucro do banco público.
Em mensagem no balanço, o presidente do BB, Fausto Ribeiro, destacou que o lucro em nove meses do banco foi recorde na história da instituição. “O crescimento da margem financeira e o aumento das receitas com prestação de serviços explicam o resultado de R$ 5,1 bilhões no terceiro trimestre, junto com a diminuição das despesas com provisões de crédito e o controle das despesas administrativas“, disse.
Ribeiro destacou que a carteira de crédito cresceu 11,4% em doze meses, para R$ 814 bilhões. A inadimplência caiu em todas as linhas. A taxa total, considerando atrasos acima de 90 dias, ficou em 1,82% em setembro, abaixo da média dos bancos privados, que está acima dos 2%.
Clientela digital
No fim do terceiro trimestre de 2021, o Banco do Brasil tinha 21,9 milhões de clientes digitais ativos. Segundo o banco público, 90,7% das operações de seus clientes foram realizadas através de seus canais digitais no período, avanço de 4 pontos porcentuais em um ano.
Somente no aplicativo do BB, são 19,9 milhões de usuários, sendo que 87,4% deles estão habilitados a fazer transações pelo app, aumento de 13,1% em um ano. “Isso significa dizer que o cliente não apenas realiza consultas, ele compra, investe e faz suas transações financeiras no aplicativo do BB“, diz o banco em seu informe de resultados. Ao todo, 6,7 milhões de pessoas acessam o app do BB todos os dias.
O crescimento do BB no mundo digital já se reflete sobre as concessões de crédito. De acordo com o banco, no terceiro trimestre, 43,1% dos desembolsos de crédito pessoal foram feitos através do digital; em veículos, o porcentual foi de 35,1%; no crédito imobiliário, os canais online representaram 23,9% dos desembolsos.
Investimento em tecnologia
Ao todo, o BB investiu R$ 2,5 bilhões em tecnologia entre janeiro e setembro deste ano. No ano passado inteiro, os investimentos somaram R$ 3,6 bilhões. Desde 2015, já foram R$ 23,2 bilhões em aportes em tecnologia, afirma o banco.
Em outras frentes do mundo digital, o BB destaca ter elevado em 13,3% o total de chaves Pix cadastradas em sua base no trimestre. Dos R$ 1,56 trilhão movimentados no sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, o BB estima que 26% transitaram pelo banco, com o volume de Pix recebidos sendo 8,3% maior que o de enviados.
Fonte: Estadão