Cifra representa um avanço de 113,6% sobre a primeira metade do ano passado. Banco fala em sinais de retomada da economia.
Ao contabilizar 2,6 milhões de operações de crédito entre janeiro e junho deste ano e movimentar R$ 20,38 bilhões nestas contratações, o Banco do Nordeste informou, na noite desta quarta-feira, que atingiu a marca de R$ 710,4 milhões de lucro líquido na primeira metade de 2021. A cifra representa um incremento de 113,6% sobre igual período de 2020.
“Em relação aos valores aplicados, o incremento foi de 11% em relação ao resultado alcançado em igual período do ano passado, apesar das consequências da crise sanitária, o que evidencia sinais de retomada da economia”, diz o informe do BNB enviado à imprensa.
Os financiamentos de longo prazo abocanharam a maior fatia (66,6%) dos R$ 20,38 bilhões contratados e chegaram a R$ 13,57 bilhões no período. Em seguida vieram área rural (37,4% em R$ 5,07 bilhões), Infraestrutura (34,9% em R$ 4,74 bilhões), Comércio (10,1% em R$ 1,4 bilhão), Serviços, (9,4% em R$ 1,3 bilhão), e Indústria (8,2% em R$ 1,1 bilhão).
A nota informa ainda que “o presidente do Banco do Nordeste, Romildo Carneiro Rolim, destaca a estimativa das repercussões econômicas na Região, resultantes tanto das contratações com recursos do FNE, como das contratações globais do Banco, no semestre”.
FNE e microcrédito
O FNE foi responsável por R$ 12,57 bilhões em contratações a partir de 327,3 mil operações de crédito neste ano, segundo informa o BNB. “Por setor econômico, destacam-se as aplicações rurais, que somaram R$ 4,16 bilhões para o total de 311,3 mil operações de crédito, registrando incremento de 10,7%, em termos de valores, em comparação com as contratações realizadas em igual período de 2020”, completa.
Referência internacional em crédito, as duas linhas de microcrédito operadas pelo BNB também avançaram nas estatísticas. No Crediamigo, programa de microfinança urbana, foram R$ 6,44 bilhões relativos a 2,2 milhões de operações de crédito, observando-se crescimento, em termos de valores, de 30,06% em comparação ao realizado nos seis primeiros meses de 2020. “No período, a carteira do Crediamigo cresceu R$ 860,0 milhões, registrando aumento de 15,8%”.
Via Agroamigo, programa de microfinança rural, as contratações atingiram valor total de R$ 1,59 bilhão para o total de 299.759 operações. “Em termos de valores, o incremento foi de 28,6% comparativamente às contrações do primeiro semestre do exercício anterior. Na posição do final do semestre, a carteira ativa do programa atingiu valores de R$ 5,36 bilhões, alcançando 1,4 milhão de clientes, dos quais 74,9% empreendem no semiárido”.
Impactos na economia
Um incremento de R$ 4,13 bilhões na massa salarial, de R$ 2,48 bilhões na arrecadação tributária, de R$ 25,87 bilhões no Valor Bruto da Produção e de R$ 14,73 bilhões de Valor Adicionado à Economia foram mensurados pelo BNB no comunicado como impactos econômicos resultantes das aplicações.
“Quando o estudo abrange as contratações globais do Banco, no primeiro semestre, a estimativa é de que 675,62 mil empregos formais e informais foram gerados ou mantidos na área de atuação do BNB, além da elevação de R$ 4,58 bilhões na massa salarial, do incremento de R$ 2,72 bilhões na arrecadação tributária, de R$ 28,73 bilhões no Valor Bruto da Produção e de R$ 16,28 bilhões no Valor Adicionado à Economia”, reforça.
Fonte: O Povo