O Banco do Brasil, através da PSO (Plataforma de Suporte Operacional), vinculada ao órgão diretivo Unidade de Operações (DF), está descumprindo o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos bancários da instituição com a criação do programa “Tô ligado”, que promove a concorrência entre trabalhadores para aumentar a quantidades das vendas realizadas por escriturários e caixas, no qual os participantes são expostos em ranqueamento individual, o que fere a cláusula 23 do ACT.
Escriturários e caixas são tratados como vendedores e o programa informa claramente que um dos seus objetivos, além de aumentar as vendas, é estimular a concorrência entre esses funcionários, cuja orientação essencial para o trabalho não são vendas, mas sim atendimento e relacionamento. Para piorar, o programa ignora o que o próprio banco acordou com a representação dos bancários no ACT, que veda expressamente a exposição dos trabalhadores em rankings individuais
Escriturários e caixas são tratados como vendedores e o programa informa claramente que um dos seus objetivos, além de aumentar as vendas, é estimular a concorrência entre esses funcionários, cuja orientação essencial para o trabalho não são vendas, mas sim atendimento e relacionamento. Para piorar, o programa ignora o que o próprio banco acordou com a representação dos bancários no ACT, que veda expressamente a exposição dos trabalhadores em rankings individuais
Este ranking, que sequer foi apresentado ao movimento sindical ou até mesmo para outras áreas do banco como, por exemplo, a Dipes, tamanho o constrangimento gerado pelo tema, pode ser acessado por todos funcionários da UOP e não tem só o objetivo de cobrar metas, mas também de constranger e humilhar os participantes, que nunca tiveram treinamento adequado para atuarem como vendedores. Um flagrante assédio moral institucionalizado
Este ranking, que sequer foi apresentado ao movimento sindical ou até mesmo para outras áreas do banco como, por exemplo, a Dipes, tamanho o constrangimento gerado pelo tema, pode ser acessado por todos funcionários da UOP e não tem só o objetivo de cobrar metas, mas também de constranger e humilhar os participantes, que nunca tiveram treinamento adequado para atuarem como vendedores. Um flagrante assédio moral institucionalizado
O BB faz uma espécie de “estelionato funcional” com o programa. O “Tô Ligado” modifica princípios organizacionais e normativos das funções dos colegas caixas e escriturários na busca por mais lucro, sem levar em consideração o perfil dos cargos, aumentando a competição entre os trabalhadores e, também, o adoecimento e a falta de solidariedade.
CPA-10 e CPA-20
Outra prova do desvio de função imposto aos caixas e escriturários é a exigência, por parte de gestores do PSO, das certificações CPA-10 e CPA-20. Até dezembro, a PSO estipulou que 100% do seu quadro no atendimento deve possuir as certificações.
Escriturários e caixas estão sendo tratados como gerentes de relacionamento, sem o salário, sem a comissão, sem a responsabilidade e, sobretudo, sem a devida preparação pela unidade gestora. Mas com metas similares. Escriturários e caixas não não gerentes negociais e nem recebem por isso.
O Sindicato levará a questão ao conhecimento da Diretoria de Gestão de Pessoas, cobrando a imediata interrupção do ranqueamento individual dos trabalhadores, uma vez que fere o acordado pelo próprio banco no ACT, bem como da exigência pelas certificações para escriturários e caixas.
A partir disso, também avaliaremos as medidas judiciais cabíveis para garantir o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho.
Fonte: Seeb/SP