O evento, realizado nesta terça-feira (29), contou com a participação de representantes dos trabalhadores de bancos públicos, deputados, senadores e economistas.
A importância dos bancos públicos para assegurar a soberania nacional e um país mais justo e igualitário pautou o debate do seminário “O Brasil é nosso – Em defesa dos bancos públicos e da soberania nacional”, realizado nesta terça-feira (29), no teatro do Sindicato dos Bancários de Brasília. O evento reuniu economistas, lideranças sindicais, parlamentares e dirigentes de entidades representativas dos trabalhadores da Caixa, Banco do Brasil e bancos Regionais, como o Banco de Brasília (BRB).
Para os participantes do seminário, a política neoliberal do Governo Bolsonaro ataca por todas as frentes o patrimônio brasileiro e promove a retirada de direitos dos trabalhadores.
Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, o país atravessa um momento difícil, marcado por um retrocesso. Por isso é necessária uma postura de enfrentamento contra uma gestão que desestrutura o estado democrático de direito e retira direitos dos cidadãos que mais precisam de oportunidades.
“O que este governo tem promovido é o fatiamento de empresas como a Caixa com 158 anos de existência e que cumpre um papel relevante no desenvolvimento do Brasil. Venderam a Loteria Instantânea, na semana passada, que repassava para programas sociais em torno de 37% do que arrecadava. Querem também retirar da Caixa a centralização do FGTS”, citou Jair Ferreira durante o evento.
Pela manhã, a diretoria de Fenae realizou mais uma reunião ordinária, em Brasília, para discutir as ações em defesa dos empregados da caixa e outros projetos em andamento na Federação.
Os bancos públicos são ferramentas que tem ajudado e podem continuar contribuindo para o desenvolvimento econômico e geração de renda. Essas instituições promovem o desenvolvimento regional de forma igualitária, reforçando a soberania nacional.
A política econômica do Paulo Guedes é atacar essas ferramentas, diminuindo o papel do estado e entregando as riquezas do país.
A mesa de abertura do seminário contou com representantes de outras entidades sindicais.
Parlamentares
A abertura do seminário contou com a participação das deputadas federais Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Erika Kokay (PT-DF), dos deputados federais Daniel Almeida (PC do B-BA), Zé Carlos (PT-MA) e Alexandre Padilha (PT-SP), e do senador Jaques Wagner (PT-BA).
O diálogo com a sociedade para enfrentar a política de desmonte das empresas públicas também foi defendido pela deputada Erika Koakay. “Precisamos construir instrumentos para vencer esses desafios. Precisamos passar processo de profundo diálogo com a sociedade brasileira, porque o que vivemos agora é uma reedição da política de Estado mínimo para o povo brasileiro e de um Estado farto para uma elite brasileira que não tem compromisso com o desenvolvimento nacional”, ressaltou.
Ao encerrar a primeira parte do seminário “O Brasil é nosso – Em defesa dos bancos públicos e da soberania nacional”, o senador Jaques Wagner alertou que não é possível contar com apoio do Congresso Nacional para barrar a política privatista do governo. “Esperem muito pouco do Congresso Nacional. Existe uma identificação majoritária com esta política que está sendo colocada pelo governo”, argumentou o parlamentar.
O seminário foi realizado com objetivo de refletir sobre os processos de desmonte do patrimônio público em andamento no país, apresentando ainda a visão de outros segmentos da economia sobre a importância dos serviços e das políticas operacionalizadas pelos bancos públicos.
O Sindicato dos Bancários de Mossoró e Região esteve representado pelos Diretores Assis Neto e Diógenes Neto.