O problema é que o crescimento dos ganhos do setor está relacionado à política de fechar agências físicas, avançando em plataformas digitais, demitindo milhares de trabalhadores e sobrecarregando os bancários que continuam em atividade nas unidades.Os bancos extinguiram mais de 13 mil empregos entre março de 2020 e fevereiro de 2021 e a previsão do setor financeiro é de fechar, em até três anos, 30% das agências, o que poderá resultar em mais dispensas nos próximos anos. O movimento sindical tem realizado campanhas nas redes sociais que estão entre os temas mais comentados no Twitter.
Bradesco – O Bradesco lucrou no terceiro trimestre R$6,77 bilhões, um crescimento de 34,5%. É o segundo melhor resultado da história no período. O banco fechou em um ano 1.088 agências físicas. Mais de 10% dos empregos da empresa foi eliminada em doze meses. As dispensas contunuam, só na capital Fluminense este ano foram 386 demissões.
Itaú – A maior instituição financeira privada do Brasil, o Itaú, lucrou no terceiro trimestre, R$6,8 bi, um crescimento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado. O maior banco privado do país fechou 167 unidades, sendo 117 agências físicas no Brasil, 35 em outros países da América Latina e 15 postos de atendimento. Somente em fevereiro deste ano, o Itaú demitiu mais de 200 gerentes operacionais (GO) e gerentes-gerais comerciais (GGC) em todo o Brasil.
Santander – O Santander lucrou R$4,27 bilhões no terceiro trimestre de 2021, um crescimento de 12% em relação ao mesmo período de 2020. Mesmo faturando alto, o grupo espanhol demitiu 1.461 funcionários e funcionárias entre janeiro e agosto de 2021. O grupo espanhol fechou 144 agências bancárias e 72 PABs (Postos de Atendimento Bancário) em um ano, segundo os números contabilizados em julho deste ano.
Fonte: Bancários Rio