A temporada de divulgação dos balanços do quarto trimestre de 2020 se aproxima, e os analistas começam a publicar suas estimativas. O Banco Safra, por exemplo, acaba de enviar aos clientes o relatório de projeções para o setor financeiro, assinado por Luis Azevedo e Silvio Dória.
No geral, a dupla aguarda “resultados encorajadores” dos bancos, que indicariam que “2021 seria o ano da recuperação”. Os analistas esperam a continuidade da redução das perdas com inadimplência, aceleração na concessão de crédito, puxada pelos empréstimos pessoais e para pequenas e médias empresas, e uma leve melhora nas receitas de serviços.
O Safra analisou sete bancos: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, BTG Pactual, Banco Pan e Banrisul.
Destaques
Destes, a grande aposta é o Santander. “Destacamos o Santander com os ganhos mais fortes do 4T20 (com um ROE perto de 20% para o trimestre”, afirmam os analistas. Bradesco, Itaú e Banco do Brasil também devem divulgar “bons resultados”.
Veja, a seguir, o que se espera encontrar nos balanços do quarto trimestre dos quatro maiores bancos do país.
Itaú Unibanco
O Itaú deve prosseguir sua trajetória de melhora dos resultados, na comparação com o trimestre imediatamente anterior. O lucro líquido projetado é de R$ 5,6 bilhões, com um ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido médio) de 16,8%. A crise, contudo, deve pesar na comparação com um ano atrás.
Bradesco
O Bradesco deve apresentar uma “sólida recuperação dos ganhos”, com crescimento de 13,5% sobre o terceiro trimestre. O resultado refletiria as menores perdas com inadimplência, embora, na comparação com 12 meses atrás, as provisões ainda sejam maiores. O Safra estima um lucro líquido ajustado de R$ 5,7 bilhões e ROAE de 16%.
Santander
A subsidiária do banco espanhol será o destaque da temporada, segundo o Safra, com um ROAE projetado de 20,3%, e um lucro líquido de R$ 3,93 bilhões. A cifra é 5,4% maior que a do mesmo período de 2019.
Banco do Brasil
Dos quatro grandes bancos do país, o BB é o que deve apresentar os resultados mais modestos. O Safra prevê uma ligeira melhora em relação ao terceiro trimestre, na esteira de pequenos avanços da carteira de crédito, das receitas de serviços e das perdas com inadimplência. O lucro líquido calculado é de R$ 3,84 bilhões, com ROAE de 12,4%.