Foi realizada ontem (17), reunião virtual da Contec (Confederação Nacional dos Bancários) com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Em pauta estiveram as demissões que os bancos vêm promovendo em todo País em plena pandemia.
Apesar da pandemia da covid-19 em seu mais grave momento no Brasil com os seguidos recordes de mortes pela doença, nessa reunião a Fenaban não se comprometeu com a suspensão das demissões na categoria bancária, medida tomada no ano passado, no início da propagação da doença.
Na reunião anterior, o movimento sindical também apresentou as reivindicações de diminuição do horário nas agências, redução das metas e fim das visitas. A Fenaban também se comprometeu a dar respostas sobre as questões, mas nada apresentou desde então.
Alguns bancos se comprometeram a suspender as visitas, mas a Fenaban disse que ainda não tem como se comprometer. O movimento sindical não vai aceitar que bancários sejam mandados a fazer visitas. Não vamos aceitar que bancárias e bancários fiquem expostos nessas visitas. Vivemos o pior momento da pandemia que o País já viu, o número de mortes não para de crescer e está na casa dos milhares.
O movimento sindical não abre mão das cobranças e insiste nas respostas a serem apresentadas pela Fenaban. Também serão marcadas reuniões diretamente com os bancos para checar as medidas de segurança que estão sendo adotadas em cada instituição.
NÚMEROS NO PAÍS
Ainda na reunião, Gladir Basso lembrou sobre as demissões no Brasil. Citou que o estoque de emprego formal de bancários em dezembro de 2020 era de 446.310 trabalhadores em todo País. No Distrito Federal, 30.785. Levantamento realizado pelo Dieese, com base nos dados do Novo Caged, divulgado pelo Ministério da Economia, aponta que foram registradas 17.646 admissões e 27.957 desligamentos de bancários, o que levou a um saldo negativo de 10.311 postos no Brasil.
Gladir apontou ainda que, somente nos últimos dias o IBGE registrou uma queda do PIB de -4,1% para 2020, a menor taxa da série histórica iniciada em 1996. Acrescentou que, a PNAD Contínua, também do IBGE, apontou que na média o desemprego foi de 13,5%, a maior taxa da série histórica iniciada em 2012. Em dezembro a taxa chegou a 1’3,9%, com mais de 14 milhões de desempregados.
Fonte: Feeb-PR