O banco ampliou em 7,1% sua carteira de crédito no período, já identificando busca maior por empréstimo entre empresas e pessoas físicas
O Santander Brasil abriu nesta terça-feira, 28, a temporada de resultados dos grandes bancos do Brasil ao reportar lucro líquido de R$ 3,853 bilhões no primeiro trimestre, valor 10,5% maior que no mesmo período do ano passado, quando o resultado foi de R$ 3,485 bilhões. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, o crescimento foi de 3,4%.
O Santander destaca, no relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que ainda conseguiu entregar um “forte resultado” no período, mas já identificou os primeiros impactos do cenário atual, marcado pela pandemia do novo coronavírus.
O banco destinou mais de R$ 600 milhões para apoiar o combate à doença nos mercados onde atua. “Apesar das incertezas macroeconômicas, o trabalho ao longo dos últimos anos no fortalecimento somado à sólida posição de capital e liquidez nos prepara para fazer frente aos desafios impostos”, diz o documento do banco.
Em meio à corrida por crédito diante da busca por liquidez de empresas e pessoas físicas durante crise, a carteira de crédito do banco espanhol no Brasil somou R$ 463,393 bilhões no primeiro trimestre, 7,1% maior que em dezembro. No comparativo anual, o ritmo de crescimento foi ainda maior, de 19,8%.
Brasil amplia participação no grupo
O Santander Brasil bateu a marca história de R$ 1 trilhão de ativos no País no fim de março. A cifra representa elevação de 16,7% ante dezembro e é 24,5% maior no comparativo anual.
O patrimônio líquido somou R$ 69,992 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 2,7% em relação ao quarto trimestre e de 3,5% em um ano.
O retorno sobre o patrimônio líquido do Santander Brasil seguiu melhorando, a despeito dos impactos iniciais da pandemia do novo coronavírus citados pela instituição. O indicador foi a 22,3% no primeiro trimestre contra 21,3% nos três meses antes. Há um ano estava em 21,1%.
A participação do Brasil no lucro total do Grupo Santander subiu para 29% no primeiro trimestre do ano. No encerramento de 2019, a fatia brasileira no conglomerado já havia avançado de 26% ao final de 2018 para 28%.
Para o CEO do Grupo Santander, que tem sede na Espanha, José António Álvarez, o Brasil ainda continuará a ter bons resultados, mesmo que os últimos indicadores de atividade do País estejam em queda.
“A filial brasileira é hoje mais forte, mais resiliente do que há quatro ou cinco anos”, disse. “O Brasil sofre agora com mudanças, mas estou confiante com país”, continuou sem detalhar sobre quais mudanças se referia. Segundo ele, o braço brasileiro do Santander continuará a revelar “atuação significativa nos próximos trimestres”. /
Fonte: Estadão