A categoria bancária sempre foi uma das mais mobilizadas do Brasil. E não apenas em defesa do emprego e dos próprios direitos, mas também em prol de um país melhor para todos, com democracia e justiça social. Por isso, em mais um Dia do Bancário e da Bancária, em 28 de agosto, é hora de renovar o orgulho, a inspiração, a unidade e a resistência de milhares de homens e mulheres que trabalham em bancos.
Muitas histórias, mobilizações e conquistas rondam o cotidiano do Dia do Bancário e da Bancária. Desde a origem da data em 1951, quando houve a primeira greve geral no âmbito do sistema financeiro nacional, a categoria bancária se mobiliza por condições dignas de vida e de trabalho. A estratégia tem sido a de articular o emergencial com o estrutural, ao mesmo tempo e com igual intensidade. A mobilização é comum a todos os bancários e bancárias do país e o momento é de unidade, afirmação de propósitos e de resistência.
O movimento de 1951, além das conquistas salariais e sociais, fez surgir sindicatos de bancários em vários pontos do país, unificando e fortalecendo a organização da categoria. É uma das poucas no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), uma conquista histórica de 1992 e uma referência para toda a classe trabalhadora.
Em 1º de setembro deste ano a CCT, que é válida em todo o país, completa 30 anos de existência. Funciona assim: bancários e bancárias de todo o território brasileiro, dos grandes centros urbanos aos menores municípios, têm os mesmos direitos e recebem os mesmos pisos, os mesmos valores de vale-alimentação e vale-refeição, além da mesma PLR. Em 2006 foi dado outro passo importante para aumentar a força dos trabalhadores do setor financeiro: a mesa única de negociação com bancos públicos e privados. A partir desta data, Caixa e BB passaram a assinar a CCT. Os trabalhadores de bancos públicos ainda têm direitos específicos previstos em seus acordos coletivos.
Agora, o atual governo e a direção dos bancos públicos, bem como os banqueiros da FEBRABAN atacam direitos históricos.
A mudança na jornada de trabalho de seis para oito horas, é uma ameaça constante, que ataca frontalmente direitos adquiridos pela categoria bancária. Duas outras propostas contra os interesses dos bancários e das bancárias são as mudanças legislativas que permitem a ampliação da jornada para sábados e domingos, e a que reduz as horas extras.
É preciso fazer a resistência contra todos esses retrocessos, defendendo os direitos dos trabalhadores, a democracia e a soberania nacional.
É importante reafirmar a unidade ainda mais e lutar contra o retrocesso no país e nos bancos públicos. Viva, portanto, o Dia do Bancário e da Bancária! Fica daí a certeza de que a categoria bancária pode muito mais, com o espírito de sempre: a unidade e a vocação para atuar em movimento. A cada nova mobilização, o parâmetro é dado pelo princípio de que fazemos a diferença e somos a diferença.
Fonte: Fenae